Depois da condenação a seis anos de prisão por estupro, as notícias sobre o caso da vítima de Felipe Prior não param de aparecer na mídia. Neste domingo, 16 de julho, a ex-colega de faculdade do arquiteto deu uma entrevista ao “Fantástico”, Globo, na qual narrou os fatos e explicou como tudo ocorreu. Além disso, fez com que suas intenções a respeito do caso ficassem clarras. Sem mostrar o rosto e com a voz alterada, a moça revisitou o momento.
OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS NARRAM UMA CENA DE VIOLÊNCIA SEXUAL E PODEM DISPARAR GATILHOS.
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Em reportagem de Giuliana Girardi, a vítima de Felipe Prior resgata as memórias de nove anos atrás, quando ainda estudava arquitetura no Mackenzie, em São Paulo. Na matéria, revela como conheceu Prior, a relação com ele e o que aconteceu na noite em que o ex-BBB a estuprou. Os dois eram colegas de faculdade e, com mais uma amiga, dividiam carona, porque moravam na mesma região da cidade.
Então, depois de uma festa, ele ofereceu levar as duas garotas para casa. Como já o conheciam, aceitaram a proposta. Contudo, depois que deixou a amiga da vítima em casa, Prior assumiu uma postura violenta com a colega de faculdade.
“Começou a tirar minha roupa. E, à medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei: ‘Felipe, eu não quero’. Eu comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo. Começava a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura, a forçar a penetração. (…) Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue”, lembra.
De fato, ouvir a história pode ser horrorizante, principalmente para mulheres que já se viram em situações parecidas. De acordo com a vítima, o ex-BBB só parou quando percebeu que a garota sangrava muito e até sugeriu levá-la ao hospital, porém, ela negou. Foi para casa e tentou estancar o machucado, mas não conseguiu.

SOCORRO
Então com 22 anos, a vítima acordou a mãe em busca de socorro e as duas foram para o hospital, onde uma médica tentou fazer com que a garota contasse o que de fato aconteceu. Envergonhada, ela ficou em silêncio. No dia seguinte, ele mandou mensagem procurando notícias, mas a estudante pediu para não tocar mais no assunto.
“Falei que eu estava machucada, que tinha feito uma ferida e pedi para ele não contar para ninguém. Eu estava com medo dele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação. Eu não queria que as pessoas me vissem, me enxergassem e pensassem nisso”, afirmou.
Em 2017, a situação mudou de figura e a vítima de Felipe Prior entendeu que outras mulheres também passaram pelo mesmo que ela. Aliás, o movimento “#MeToo” deu a ela mais força para superar.
Três anos depois, após ouvir outros dois relatos de assédio do ex-colega de faculdade, a mulher resolveu fazer a denúncia. Ela explica o que a motivou:
“Eu posso ajudar as outras mulheres a terem coragem de se posicionar. Porque isso precisa parar. Isso precisa parar. O que eu posso fazer com ela hoje é mostrar para o mundo que nenhuma mulher merece ter uma ferida dessas”.
A defesa de Felipe Prior negou os fatos, em nota oficial, como já noticiamos. Veja!