
Protagonista e produtor do filme “Sergio”, da Netflix, Wagner Moura fala da rotina durante a pandemia de coronavírus em entrevista ao “Cinejornal”. O programa do Canal Brasil vai ao ar em duas partes: nesta terça-feira (14), às 23h50, e no sábado (18) às 17h. Com o intuito de divulgar o longa da Netflix, ele fala com Simone Zuccolotto sobre o longa, que resgata os últimos dias de vida do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello. A estreia da cinebiografia está marcada para 17 de abril.
A respeito da pandemia de Covid-19, o ator avalia como a doença está afetando a todos com efeito mundial: “Esse momento mostrou toda a fragilidade dos líderes mundiais diante de uma crise como a que estamos passando. Essa crise vai aumentar a desigualdade social e econômica no mundo. O momento é de olhar para dentro e refletir como vai ser a vida pós-corona. Vai ser diferente”.
Em tempo, Wagner relata como está o dia a dia da família em Los Angeles, onde vivem: “Estamos bem aqui, a onda está muito boa em casa. (Nós) estamos juntos, acompanhando de perto os estudos das crianças. Estou lendo bastante, assistindo alguns filmes e séries antigos com a família. A primeira coisa que a gente vai fazer quando tudo isso passar é voar pra Bahia”.
A história de Sérgio
Ainda durante a exclusiva com o Canal Brasil, o ator comenta a importância da cinebiografia em sua carreira: “Sergio é mais que um filme. É um projeto ambicioso meu, que é: produzir o que me interessa, o que quero fazer. Eu quero falar de nomes relevantes da América Latina, inseridos em contextos reveladores. Sergio foi o primeiro projeto nessa linha. E temos grandes nomes, né”?.
Em resumo, Sérgio Vieira de Mello foi assassinado por conta de sua atuação em defesa dos direitos humanos em um atentado reivindicado pela Al-Qaeda. Assim, no filme, é lembrado como o oficial mais poderoso na história da ONU, com o posto diplomático mais alto já ocupado por um brasileiro. “É um filme sobre empatia e sobre um homem que dedicou sua vida à luta pelos direitos humanos”, define o ator.
O artista contracena com nomes como Ana de Armas, Garret Dillahunt, Brían F. O’Byrne, Will Dalton, entre outros nomes. Além disso, a superprodução é dirigida por Greg Barker e tem roteiro assinado por Craig Borten.
O próximo projeto de Wagner para as telonas é “Marighella”, seu primeiro trabalho na direção. Aplaudido de pé no Festival de Berlim, o longa seria lançado dia 14 de maio, mas com o mercado cinematográfico em pausa por conta do coronavírus, a data será, mais uma vez, alterada. Além do momento em que Wagner Moura fala da rotina durante pandemia, ele lamenta o adiamento da estreia. “Foi muito frustrante não lançar o filme em novembro de 2019 por causa do Governo. Eu poderia lançar na internet, mas não quero, meu filme vai estrear nos cinemas e tenho certeza de que vai ser muito bem aceito.” Em seguida, completa: “O audiovisual brasileiro já estava parado antes da pandemia. A arte é um remédio mental e espiritual”, conclui.